Maioria do CNJ deve exigir que advogado passe por raio-x na entrada de tribunal
OAB queria tratamento isonômico com servidores, mas sete conselheiros defendem que funcionários podem ser dispensados
A maioria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) votou para estabelecer que advogados não devem ter o mesmo tratamento que servidores da Justiça na entrada de dependências do Judiciário — ou seja, advogados tem de passar pelo raio-x na entrada dos fóruns.
Nesta terça-feira (24/4), o CNJ começou a julgar recursos administrativos em que a Ordem dos Advogados do Brasil pede que funcionários tenham que passar por detector de metal para adentrar nos tribunais ou comarcas, assim como acontece com associados da OAB.
O julgamento foi interrompido após pedido de vista da conselheira Maria Teresa Ulile, que se comprometeu em trazer de volta o debate na próxima sessão (8/5).
Até agora, prevalece o voto divergente do conselheiro João Otávio Noronha, que é o corregedor-nacional de Justiça, e foi acompanhado por oito colegas. Noronha foi o primeiro a divergir do relator, conselheiro Valdetário Monteiro, que defendeu a isonomia entre juízes, servidores e advogados. Monteiro foi seguido apenas por André Godinho. Nos bastidores, acredita-se que os dois, que são os representantes da OAB no órgão, devem ser os únicos a votar no sentido oposto da maioria.
1 Comentário
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Não tem jeito, por mais que finjam que não há hierarquia entre os diligentes do direito, o advogado é sempre inferiorizado. continuar lendo