Redes sociais: mais importantes nas eleições, mas ainda assim não decisivas
Para presidenciáveis, o mais importante é o tempo de TV. Para deputados, contudo, internet será mais importante
Desde a eleição de Barack Obama nos EUA, em 2008, se dissemina entre marqueteiros brasileiros a tese de que a próxima eleição será a “eleição das redes sociais”. Isso aconteceu nos últimos quatro pleitos.
Neste ano, segundo especialistas em marketing político e advogados eleitorais ouvidos pelo JOTA, as mídias sociais terão sua maior influência até hoje nas campanhas, mas, ainda assim, não serão decisivas.
A televisão, dizem os especialistas, continuará sendo o principal meio de difusão de informações, uma vez que é a mídia com maior capilaridade. O grande diferencial deste pleito será a possibilidade, pelas candidaturas, de impulsionar conteúdos por meio de pagamentos. Em 2016, isso não era possível. Além disso, a restrição financeira das campanhas desde o fim do financiamento por empresas pode aumentar o uso de inteligência de dados.
Em 2014, considerando apenas doações oficiais, as eleições custaram R$ 5 bilhões. Neste ano, o fundo eleitoral público para as campanhas é de R$ 1,7 bilhão. O restante virá de doações de pessoas físicas.
Embora uma pesquisa do Ibope de novembro do ano passado tenha mostrado que, pela primeira vez, a internet será o fator mais influente para o eleitor definir o voto à presidência da República, de acordo com os próprios eleitores ouvidos, marqueteiros são enfáticos ao dizer que as redes sociais não funcionam como uma “varinha mágica”.
Segundo o levantamento, 56% dos brasileiros disseram que as redes sociais terão algum grau de influência na escolha do candidato – 36% acham que elas terão muita influência.
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