Johnson & Johnson participou do cartel do INTO, dizem procuradores da Lava Jato
Depois de romper relacionamento com Miguel Iskin, multinacional foi impedida pelo cartel de vencer as licitações
A multinacional americana Johnson & Johnson também participou do esquema de corrupção deflagrada pela operação Ressonância. Mas, em 2015, segundo o Ministério Público Federal (MPF), a empresa rompeu os laços com o empresário Miguel Iskin, principal operador do esquema no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), depois da divulgação do escândalo Máfia das Próteses. Com isso, ela foi punida pelo cartel e nos anos seguintes não conseguiu contratos no instituto.
O MPF alega que até 2014 a empresa Oscar Iskin, de Miguel Iskin, vendia diretamente para o INTO produtos fabricados pela Johnson & Johnson. No entanto, a partir de 2015, quando a Oscar Iskin perdeu a representação da empresa, os produtos passaram a ser substituídos pela linha da fabricante concorrente ImpantCast, vendidos pela “empresa laranja” Lógica, de Brasília, que passou a liderar as vendas no setor.
Na época, a Oscar Iskin também perdeu a representação de suas mais importantes fabricantes de equipamentos e OPME, como a Biomet/Zimmer, Maquet e Orthofix, além da Johnson & Johnson.
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