A gestão de Toffoli no STF: ruídos de aparelhamento
Notas sobre contratação de Franklin Martins passam ideia errada sobre planos do próximo presidente do STF
Antes de ser indicado para o Supremo Tribunal Federal, o ministro Dias Toffoli teve uma discussão áspera com um colega de governo. Este colega, jornalista, dizia que iria trabalhar e torcer para que o presidente Lula não o indicasse para o tribunal.
Toffoli assume a presidência do Supremo em setembro. E agora, notas divulgadas pela imprensa noticiam que exatamente este ex-colega – Franklin Martins – seria seu assessor na Secretaria de Comunicação do STF.
Franklin Martins foi ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República no governo Lula. A suposta indicação para o STF passaria a imagem de um aparelhamento petista do tribunal na gestão de Toffoli.
Pelo histórico do ministro na Advocacia-Geral da União, por exemplo, Toffoli seria capaz de convidar um assessor com serviços prestados ao PSDB ou ao DEM, mas dificilmente iniciaria sua gestão com uma aresta a aparar ou com um carimbo do PT.
Além de tudo isso, se convidasse Franklin Martins para ser o assessor de imprensa do tribunal e, portanto, de todos os ministros do Supremo, como alguns de seus colegas receberiam a notícia?
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